No Brasil, a febre amarela pode
ser adquirida em áreas silvestres e rurais de regiões como Norte e Centro-Oeste,
além de parte do Sudeste, Nordeste e Sul. Ou seja, o indivíduo entra em regiões
onde exista o mosquito Haemagogus janthinomys e, consequentemente, sofre a
possibilidade de ser picado por algum desses mosquitos já afetado pelo vírus,
que possivelmente fora contraído pela picada em um ser já portador, como um
bugio ou outros tipos de macacos, e, em seguida, o mosquito pica a pessoa que
ainda não teve a doença nem foi vacinado e, portanto, não adquiriu defesas para
combater o vírus. Nas cidades o vetor da febre amarela é o Aedes aegypti, o
mesmo que transmite a dengue, a febre Chicungunha e o Vírus Zika. Desde 1942 a
febre amarela é considerada erradicada em áreas urbanas do Brasil, para que a
situação se mantenha assim é fundamental o controle deste mosquito e a
vacinação das pessoas que vivem em áreas endêmicas.
O vírus da febre amarela pertence
à família dos flavivírus, e o seu genoma é de RNA simples de sentido positivo
(pode ser usado diretamente como um RNA para a síntese proteica). Produz cerca
de 10 proteínas, sendo 7 constituintes do seu capsídeo, e é envolvido por
envelope bilipídico. Multiplica-se no citoplasma e os virions descendentes
invaginam para o retículo endoplasmático da célula-hóspede, a partir do qual
são depois exorcistados. Tem cerca de 50 nanômetros de diâmetro.
Muitos danos são causados pelos
complexos de anticorpos produzidos. O grande número de vírus pode produzir
massas de anticorpos ligados a inúmeros vírus e uns aos outros que danificam o
endotélio dos vasos, levando a hemorragias.
Os vírus infectam principalmente
os macrófagos, que são células de defesa do nosso corpo.
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